Uma questão notável no desenvolvimento sustentável é como conseguir eficiência crescente no deslocamento de pessoas, bens e serviços produzidos em todo o mundo. O comércio global é responsável por uma quantidade considerável de emissões, bem como os deslocamentos humanos.
Na Holanda e na Alemanha a organização dos deslocamentos é impressionante. O aparato de transporte público tem preferência sobre o privado. Incentiva-se o uso da bicicleta, dos trams (pequenos bondes movidos a energia elétrica), dos trens e ônibus.
A bicicleta pode circular por espaços exclusivos somente para este tipo de transporte. Os trams (semelhantes ao que serão implantados em BSB) são movidos a energia elétrica parte produzida nesta região da Alemanha por grandes turbinas eólicas presentes em toda a paisagem do noroeste da Europa. Os trens estão disponíveis para deslocamento entre as cidades, e não são os trens obsoletos que encontramos nas grandes cidades brasileiras. São meios de transporte que privilegiam o transporte de muitas pessoas e muitas ideias, que venderão seus serviços e produzirão renda. Os ônibus são um capítulo a parte. Os motoristas são educados, bem como os passageiros. Os ônibus são extremamente confortáveis e nos fazem pensar por que nossas cidades brasileiras tratam seus cidadãos como gado ou sardinhas…
Um outro ponto admirável é a limpeza das cidades. Não se vê sujeira na rua. O povo é educado para não sujar a própria cidade. Não se vê exércitos de garis varrendo as cidades por causa da falta de educação de alguns cidadãos sem limites. É interessante entender por que acontece isso. O que diferencia as cidades europeias das brasileiras. Tendo a acreditar que a educação e o exemplo dos pais tem um peso bastante considerável nas ações destes cidadãos e no que observamos ao comparar cidades e iniciativas que diferenciam tanto um país desenvolvido de um país em desenvolvimento.
Acho que tem a ver com cobrança da população e consciência dos governantes, também. Governos brasileiros tem horizonte de planejamento de quatro anos. Adoram destruir tudo que o antecessor fez, mesmo que tenha sido eficiente. Dinheiro também não é problema, todos sabemos, pois no orçamento da união sobra dinheiro todo ano. Cadê aqueles cidadãos que deveriam fiscalizar os gastos do governo e cobrar melhorias?
Enfim, seria uma experiência interessante que os governantes conhecessem o que foi feito de certo na Europa, notadamente em algumas cidades da Holanda e Alemanha, para ver que é possível fazer um gerenciamento adequado de cidades.
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