A ONU lançou os princípios para os seguros sustentáveis, à semelhança da sua iniciativa para investimento responsável (PRI). 27 empresas de seguros, representando 10% do volume total de recursos (5 trilhões de dólares sob gestão) assinaram o PSI – Principles for Sustainable Insurance.
Quatro princípios sustentam a iniciativas:
1. Incorporar questões de gestão socioambiental relevantes na tomada de decisão
2. Trabalhar em conjunto com clientes, fornecedores e demais partes interessadas a importância da gestão de riscos socioambientais e novos produtos voltados ao tema
3. Trabalhar com reguladores e governos para promover ações sobre governança socioambiental na sociedade
4. Disponibilizar relatõrios anuais de progresso na implementação dos princípios.
De acordo com o UNEP-FI (United Nations Environment Program – Financial Initiative), “Os princípios adotam uma abordagem holística para o gerenciamento de uma ampla quantidade de riscos globais e emergentes na área de seguros, das mudanças climáticas e desastres naturais à escassez de água, insegurança alimentar e pandemias”.
Dentre as empresas que participaram da assinatura deste compromisso estão a Aviva, Aegon, AXA, Delta Lloyd, ING, Insurance Australia Group, Itaú Seguros, Mitsui Sumitomo Insurance, Munich Re, RSA, SCOR, Storebrand, Swiss Re, Tokio Marine e Nichido Fire Insurance.
Os Princípios foram desenvolvidos tendo por base a participação de diversos “stakeholders” da Indústria seguradora, governo, ONGs e Academia.
Comentário meu: ao que parece a incorporação do risco socioambiental nas atividades das empresas é um caminho sem volta. A pressão de reguladores, entidades estatais, paraestatais, sociedade e concorrentes está mudando o mercado. A transparência nas atividades das empresas é a principal pauta para os próximos anos. A parabenizar a participação do Itaú Seguros na iniciativa.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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