O lançamento de títulos de crédito “verdes” para financiamento de empreendimentos e projetos relacionados à sustentabilidade tem acontecido nos últimos anos, mostrando um incremento de US$ 11,4 bilhões em 2013 para uma previsão de US$ 25 bilhões. É uma importante fonte de recursos para captação de recursos para investimentos em sustentabilidade, seguindo ainda a esteira do relatório da UNEP sobre Green Economy (analisado no blog) sobre as ações necessárias para mover o sistema financeiro em direção à sustentabilidade.
A promoção de princípios de títulos de crédito verdes, que estão sendo lançados por treze bancos de investimentos globais, visa estabelecer critérios para emissores e compradores, visando disciplinar o mercado e evitar o famoso greenwashing (a auto-atribuição da imagem de sustentabilidade à empresa sem verificação independente e calcada somente em iniciativas de marketing).
Os princípios são voluntários e permitem a transparência e abertura de informações para permitir decisões qualificadas por investidores e agregar confiança ao mercado. Dentre os emissores de títulos destacam-se a EDF, com cerca de 1,4 bilhão de euros emitidos em títulos “verdes”, com padrões exigentes e auditados por terceira parte.
A existência de títulos de crédito “verdes” representa uma evolução do mercado que permitirá aos investidores, privados ou institucionais, investirem em projetos comprovadamente indutores de sustentabilidade e é um movimento ao qual os brasileiros devem estar atentos, visto que a existência de valor agregado relacionado à sustentabilidade pode alterar a atratividade de títulos de empresas brasileiras e exigir um maior prêmio para investidores. Isso passa a ser estratégico. Projetos sustentáveis são mais atrativos? Vamos acompanhar…
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
ZAPQ - Cenários Sustentáveis 
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