O acordo dos EUA e China para limitar as emissões de gases de efeito estufa é um daqueles eventos que o texto sobre os “stranded assets“, da revista Environmental Finance, cita como possível agente de disrupção do ambiente de negócios. Em um sistema, a disrupção ocorre quando uma mudança brusca das condições ambientais exige dos componentes do sistema novas ações para adaptar-se a um novo ponto de equilíbrio dinâmico.
Caso seja efetivamente posto para funcionar, visto que o partido Republicano tem a maioria na Câmara e no Senado e pode barrar tais iniciativas, esperemos um aumento significativo dos projetos e investimentos em geração de energia renovável e eficiência energética, com oportunidades para mudar o perfil de geração de energia destes dois países e, por consequência, dos demais componentes deste “sistema”.
Por outro lado, empresas que exploram recursos naturais não renováveis com alto potencial de risco ambiental podem ter suas atividades altamente impactadas negativamente. Creio que é hora de diversificar as atividades das empresas petrolíferas. Isso não é um sinal fraco. Já é uma tendência.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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