O Fundo Soberano da Noruega – aquele criado para utilizar os recursos da exploração de petróleo para o desenvolvimento do país – tem sob seu controle cerca de 1% do capital das companhias listadas em bolsa em todo o mundo.
Com vistas a alterar sua política de investimentos e adequá-la às novas condições de mercado relacionadas às mudanças climáticas, o parlamento norueguês considera retirar do portfólio do fundo as empresas que obtém mais de 30% de seus resultados da exploração de carvão ou cujas usinas termelétricas usem mais de 30% da fonte de energia do carvão.
Calcula-se que estes critérios de exclusão exigiriam a retirada de recursos de 50 a 75 empresas de carvão europeias e norte-americanas, num valor estimado de US$ 5,4 bilhões.
Movimentos
Este movimento não é único e pode representar uma tendência de retirar do portfólio de fundos de pensão as empresas mais impactantes sob o ponto de vista das emissões de carbono e as mudanças climáticas.
O capital a ser reinvestido pode ser utilizado para alimentar fundos de investimentos para energias renováveis.
Curtir isso:
Curtir Carregando…
Published by
Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
Deixe um comentário