Artigo publicado na edição de agosto do Journal of Industrial Ecology analisa um novo modelo de negócios para estimular a formação de simbiose industrial/complexos ecoindustriais.
O conceito trabalhado no artigo é o de desenvolver uma empresa específica para gerir os serviços de sinergia industrial, agindo como um catalisador dos movimentos de simbiose industrial/complexos ecoindustriais, visando acelerar o desenvolvimento de parques ecoindustriais tipo III, segundo a tipologia de Allenby.
Esta estrutura seria necessária em virtude da barreira da viabilidade econômico-financeira que a formação dos complexos ecoindustriais precisa atravessar para tornarem-se viáveis. Os autores Ioannis Siskos e Luk N. Van Wassenhove demonstram que as maiores barreiras para o desenvolvimento de Parques Ecoindustriais são a determinação de seus benefícios financeiros e econômicos.
O modelo proposto para ultrapassar a barreira da viabilidade é denominado SMSCO – Synergy Management Services Company, onde o risco financeiro das empresas que participam dos parques ecoindustriais é assumido pela estrutura, que compromete-se à à semelhança de estruturas propostas pelo Banco Mundial para viabilizar projetos com viabilidade comprometida.
Fonte: Siskos, I e Van Wassenhove, L. Synergy Management Services Companies: A New Business Model for Industrial Park Operators. Journal of Industrial Ecology, 2016
A SMSCO atuaria na identificação de necessidades técnicas e financeiras para a evolução do complexo ecoindustrial, viabilizaria a captação de recursos para aplicação em investimentos necessários para promover a circularidade material e as chamadas sinergias entre as empresas e remuneraria os investidores a partir dos ganhos gerados pela eficiência da produção dos componentes daquele complexo ecoindustrial.
A viabilização econômico-financeira da evolução dos complexos ecoindustriais pode gerar maior atratividade para investimentos, especialmente se houver a aproximação entre a valoração das externalidades ambientais negativas e positivas relacionadas às atividades industriais e também aumento da pressão da sociedade e estado sobre os impactos ambientais das atividades econômicas.
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