O Brasil continua investindo na posição de vítima do desenvolvimento dos países industrializados, apontando o dedo na cara dos outros para atribuir culpa. Penso se não seria mais interessante que adotássemos uma postura mais ativa ao resolver nossos problemas. Podemos sim assumir responsabilidades, Lutar contra o aquecimento global, investir em eficiência energética, na redução do uso de material por unidade de GDP.
É verdade que ainda aumentaremos em muito nossas emissões, pois temos a maioria da população com uma renda per capita relativamente baixa e que seguramente aumentará seu consumo material com o país avançando em seus índices de renda e educação. Em virtude disso, portanto, uma postura absolutamente acusativa, atribuindo culpa aos outros países, representa um “estado de espírito” que nós brasileiros deveríamos abandonar.
Queremos ser um “global player”? Então devemos avançar muito mais do que apenas cobrar doações. Façamos nossa parte, elaboremos uma política industrial com base nos conceitos de ECOLOGIA INDUSTRIAL e ECONOMIA ECOLÓGICA, estimulemos a certificação da produção agrícola e industrial, a certificação de edifícios públicos e privados, o tratamento de esgoto e lixo ao menos nas maiores cidades.
Não dá para apontar o dedo acusando os outros países enquanto a nossa própria casa está desorganizada. E muito.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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