Infelizmente o Brasil tem uma tradição anual: As chuvas no Estado do RJ matarem centenas de pessoas assentadas em locais de risco. Há décadas os países desenvolvidos tem sistemas de gestão de riscos associados aos fenônemos climáticos e a cada evento extremo são adicionadas novas ações de contingência para reduzir o estrago sobre a população e a infraestrutura.
Por que eles conseguem fazer e o Brasil não? Primeiro, na minha opinião, é que os gestores públicos dos países desenvolvidos são muito melhores que os nossos. Os nossos só pensam em pedir dinheiro de forma emergencial para o governo federal, que também é pífio no enfrentamento de crises desta natureza. Além disso, estes recursos podem ser gastos sem licitação, posto que emergenciais, o que resulta em beneficiamento privado.
Segundo ponto: Nos países desenvolvidos, o gestor público que falha em planejar a ocupação territorial e desta falha resulta-se em morte de cidadãos, o gestor é preso e processado. No Brasil não. ele é reeleito ou vira mito.
Está na hora, aliás, já passou da hora, dos brasileiros deixarem de ser infantis com relação aos seus políticos. Escolham pela capacidade e pelas ações efetivas feitas em prol da sociedade, não somente pela propaganda feita durante dois ou três meses de quatro em quatro anos. A escolha errada causa mortes, muitas mortes, como podemos ver no Rio de Janeiro.
E DESENVOLVIMENTO não é somente geladeira com IPI baixo. É gestão de riscos, é ética, é honestidade. Portanto, precisamos melhorar nossos parâmetros de escolha e sair da infância política na qual o nosso país se encontra.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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