O planejamento envolve obter informações relevantes sobre a realidade local, escolher dentre as políticas e os instrumentos disponíveis quais os mais adequados com base nestas informações e promover investimentos com base nas necessidades levantadas pelas informações locais.
Isto posto, pergunto: Por que todo ano acontecem catástrofes no RJ e não se vê recursos sendo investidos em prevenção de crises, remoção de pessoas de áreas de risco e investimento em infraestrutura para evitar eventos extremos? Qual a prioridade que as autoridades do RJ estão tendo? Dinheiro para investir no Maracanã tem, para investir em contenção de encostas e reassentamento não. Por que então o governador, a assembleia estadual, os prefeitos e os vereadores estão na posição que estão? Apenas para receber benefícios?
É necessário que eles planejem o que querem fazer no RJ nos próximos 50 anos. Quando saiu o relatório Stern sobre os efeitos das mudanças climáticas, a conclusão óbvia do relatório é que os países em desenvolvimento iriam sofrer mais os efeitos das mudanças climáticas pois a gestão de riscos é inexistente. Nada de novidade. Se com estas chuvas que caem há milhares de anos nos primeiros meses do ano o brasileiro ainda não aprendeu que precisa ter planos de contingência e de enfrentamento de desastres, quando vai aprender?
O que diferencia o Brasil e outros países em desenvolvimento dos países desenvolvidos é também que eles têm mecanismos de enfrentamento de crises muito mais eficientes e que seus políticos tem que ter formação e desempenho superior ao que os nossos tem. Isso é crítico. Se os responsáveis pela gestão de crises são incompetentes, o primeiro passo para o desastre já foi dado.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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