A primeira e mais importante tarefa para o futuro é entender e contabilizar os bens e serviços que a estabilidade dos ecossistemas presta para a manutenção dos processos econômicos. É importante enfatizar, e muitas vezes isso não é claro para a população em geral, que o sistema econômico é um subsistema do ecológico. O planeta tem, lógico, uma capacidade limitada como fonte de recursos e, principalmente, como sumidouro de emissões.
A medida em que estamos em fase de plena expansão do consumo de recursos, temos que investir na melhoria da eficiência por meio da inovação em processos produtivos, a remuneração dos bens e serviços ambientais, especialmente daqueles que hoje não tem valor de mercado e cujo valor de existência não está claro nas planilhas contábeis.
A Economia Verde entrará em pauta nas discussões da Rio+20 e certamente serão extraídos acordos deste encontro com vistas a fomentar a implantação de processos produtivos mais limpos.
Nesta primeira parte do relatório, foram enfatizados os assuntos Agricultura, Pesca, Água e Florestas. Cada um dos desafios propostos para tais áreas são imensos e envolvem pesquisa e desenvolvimento, inovação, melhoria dos processos de gestão ambiental pública e privada.
Ao olhar para o Brasil, pergunto: Estamos preparados para melhorar nosso desempenho e indicadores ambientais? O que será necessário? A pauta ambiental, especificamente a relacionada aos quatro temas, tem força para competir por recursos en outras áreas prioritárias ou com o business-as-usual?
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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