Para criar movimento e preocupação com relação à qualidade e gestão do meio ambiente é necessário que a informação esteja disponível para a sociedade. A informação de qualidade, baseada em ciência, em método, é o primeiro passo para que os recursos ambientais sejam adequadamente gerenciados, sempre sob o ponto de vista de não comprometer a base de recursos de que utilizamos para manter nossos processos econômicos, seja em sua função de fonte de recurso ou de sumidouro de emissões.
A tarefa de transformar informação científica em informação útil para o dia a dia, que gera pressão sobre os responsáveis por elaborar e gerir políticas públicas e privadas de gestão ambiental tem sido assumida por diversos divulgadores científicos, com o objetivo de demonstrar os riscos a que a sociedade está exposta.
O livro “There is no planet B: A Handbook for the Make or Break Years“, de Mike Berners-Lee, apresenta um resumo interessante sobre os principais problemas ambientais, seus efeitos sinérgicos sobre a atividade econômica e social e possíveis soluções.
Separado em oito grandes tópicos Alimentação, Clima e Ambiente, Energia, Viagem e Transportes, Crescimento, Dinheiro e Métricas, Pessoas e Trabalho, Negócios e Tecnologia, Valores, Verdade e Confiança e fechando com Habilidades para o Mundo de Hoje, o livro resume toneladas de conhecimento acumulado em 200 páginas de textos leves e efetivos na entrega de uma mensagem necessária.
As informações divulgadas são baseadas na melhor ciência disponível e demonstram o tamanho do problema e as soluções que precisam ser avaliadas e adotadas em larga escala por políticos, empresários e cidadãos, caso seja uma escolha das sociedades evitarem a deterioração de diversos indicadores de qualidade ambiental.
O livro nos lembra, ainda, que as mudanças climáticas são apenas um dos indicadores de impacto ambiental, conforme nos lembra o círculo de Rockstrom (2009). Os limites estão sendo ultrapassados e as consequências são não lineares e apresentam sinergias entre si, com potencial de amplificar os impactos sobre as vidas dos seres vivos do planeta.
Considerando uma abordagem de gestão de riscos, estamos ainda engatinhando na procura ativa pela resolução de tais problemas utilizando as ferramentas tradicionais de gestão ambiental. O compasso da resolução de problemas, considerando políticos imunes às informações científicas, bem como as empresas que ganham com a degradação e exploração acima da capacidade de suporte do ambiente, necessitará de uma ação bem mais efetiva da sociedade como pressão adaptativa.
Esta pressão adaptativa depende da difusão de informação científica.
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