Ao falar de gestão ambiental pública e privada e as políticas que definirão os padrões de produção das sociedades, como não falar do assunto mudanças climáticas?
Todos estão ouvindo falar sobre a reunião de Copenhagem sobre o enfrentamento das mudanças climáticas. Como a economia se adaptará às necessidades de baixa emissão de carbono?
Como nos livrar de uma economia amplamente baseada em queima de combustíveis fósseis?
Mesmo que os governos não entrem em consenso na COP 15, com relação ao repasse de recurso das nações industrializadas para as nações em industrialização, a posição de muitas empresas de porte global já é conhecida: Vão investir em eficiência produtiva, produção mais limpa, certificação de produtos e redução de emissões. Alguns exemplos claros de mudança de direcionamento já foram dados pela British Petroleum, que expandiu e diversificou suas atividades para englobar qualquer tipo de produção de energia, os computadores da macintosh que agora são 100% recicláveis, políticas de gestão ambiental privada voltadas para o eco-design, políticas de gestão ambiental pública para estimular a Avaliação de Ciclo de Vida de produtos e processos.
Não é decididamente apenas responsabilidade dos governos em induzir a sustentabilidade de processos produtivos. As empresas precisam entender também que este é o momento de investir em diferenciação de seu produto com relação à sustentabilidade social, econômica e ambiental. O que era considerado antes como custo, passou a ser diferenciação e em curto horizonte de tempo será obrigatório.
As políticas de compras governamentais de países europeus, por exemplo, já exigem que os produtos tenham algum tipo de rotulagem ambiental válida internacionalmente. Ao tempo que pode acusar-se os países de praticar dumping, a exigência de certificação ou rotulagem obriga os produtores a investir em processos produtivos mais limpos, que em última instância permite que a poluição seja controlada no país de origem do produto.
É necessário, também, uma política clara de subsídios para produtos cujas quantidades de poluição sejam menores. A comparação do ciclo de vida entre produtos e a rotulagem permitem um padrão de comparabilidade onde o consumidor recebe mais informação de qualidade para tomar sua decisão. O mundo não está parado enquanto acontecem as discussões em Copenhagem….
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