Um ponto interessante a analisar-se sob o ponto de vista da Análise de Fluxos de Massa são os impactos da mineração na agricultura. Como bem se sabe, o chamado ecossistema agroindustrial depende de uma alta entrada de insumos não renováveis para aumentar a produtividade primária dos ecossistemas naturais.
Um exemplo disso são os fertilizantes minerais utilizados para a produção de grãos no cerrado. Sob uma perspectiva de MFA, a contabilização dos fluxos dos minerais necessários para a produção, calcário para correção do solo, Nitrogênio, Potássio e Fósforo, bem como da energia necessária para produzir os desejáveis produtos que consumimos ou importamos, representam uma sinalização importante da visão integrada dos impactos ambientais que produzimos ou “fazemos produzir” em outros locais do planeta.
Sem contar que a Análise de Fluxo de Substâncias (Substance Flow Analysis) poderia nos ser muito útil para verificar o fluxo dos agroquímicos na natureza, incluindo aí a contaminação de rios, da atmosfera e os prováveis impactos sobre a saúde pública da população que consome estes recursos hídricos. Tais sinais, a combinação das informações da MFA e da SFA, seriam importantíssimas como indicadores de políticas e práticas relacionadas às nossas políticas ambientais.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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