A questão da sustentabilidade precisa ser resolvida dentro das cidades e no sistema industrial também. A mobilidade sustentável, a gestão de resíduos sólidos, de emissões de gases, de efluentes líquidos precisa ser equacionada se as sociedades desejam que as cidades se tornem centros de qualidade de vida superior também.
O uso não sustentável de recursos e do consumo de energia, emissões de carbono, poluição e os problemas na saúde pública.
Ao tempo que representam o local das maiores oportunidades de trabalho, as cidades precisam melhorar seus processos internos. Esverdear a economia e os processos de gestão das cidades envolve pensar de forma integrada as soluções. Como se deslocar, como gerar oportunidades, como reduzir o despedício de recursos, como melhorar a qualidade de vida.
Não há solução única para os problemas, tendo em vista que cada cidade é única também. Inicia-se pelo planejamento urbano, pelo planejamento territorial, relaciona-se com as políticas públicas, os instrumentos regulatórios e os incentivos econômicos, bem como as regulamentações visando tornar o espaço público mais sustentável.
Boas iniciativas parecem pipocar em todo o mundo. Por exemplo em San Francisco, onde tornou-se um diferencial da cidade investir na economia verde. Redes de supermercados como a Whole Foods, áreas produtoras de vinhos sem agrotóxicos, Roupas produzidas com algodão orgânico, deslocamentos sustentáveis por metrô, bondes ou à pé, hotéis certificados pelo LEED – Leadership in Environmental and Energy Design, Cafeterias fornecendo apenas alimentos orgânicos, cafés produzidos de forma sustentável, complexos ecoindustriais com emissão zero e reaproveitamento total de resíduos. Isso não é sonho, já existe em diversos locais no mundo.
É possível melhorar já as condições de vida das pessoas e das cidades apenas com a aplicação de tecnologias já existentes e com os incentivos econômicos colocados de forma mais eficiente.
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Marcio Gama
O cérebro é nossa maior especialização e nos faz humanos e complexos, capazes de pensar, gerir riscos e planejar o futuro.
Nos adaptamos a todos os ambientes conhecidos e aprendemos a utilizar os recursos para nossa sobrevivência. Nesta caminhada, aprendemos a nos adaptar.
Tentamos resolver os problemas que criamos e esta é a parte da nossa caminhada neste planeta, o único que temos.
Sou Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e Especialista em Gerenciamento de Projetos e as análises que faço aqui refletem a minha visão sobre o tema, balizada em artigos científicos e informações de fonte fidedigna e relevantes. Espero que curtam os textos.
Pequena bio…
Biólogo, Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental, especialista em gerenciamento de projetos, trabalhou no Banco do Brasil de 1987 a 2022. Trabalhou com projetos sociais na Fundação Banco do Brasil, com repasses da União Europeia para o Programa de Proteção de Florestas Tropicais do G-7, trabalhou com a Agenda 21 Empresarial e o Sistema de Gestão Ambiental do Banco do Brasil, geriu o Programa Agua Brasil de 2015 a 2019, com finanças sustentáveis e diretrizes de sustentabilidade para o crédito, com critérios socioambientais a serem observados na agricultura e pecuária, com o framework para emissão de títulos de divida verde, sustentáveis e sociais, certificação ISO 14001, trabalhou na área de inteligência empresarial com o monitoramento de tendências, temas emergentes e incertezas em sustentabilidade, representou o Banco do Brasil no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Carbon Disclosure Project (CDP).
É Sócio-Diretor da ZAPQ Cenários Sustentáveis e Diretor Financeiro da SIS – Soluções Inclusivas Sustentáveis – ONG que advoga pela inclusão da sustentabilidade na estratégia dos componentes do Sistema Financeiro Nacional. É Membro da Sociedade Internacional para Economia Ecológica desde 2013 e da Sociedade Internacional para a Ecologia Industrial desde 2005.
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